Junta de Freguesia de Fornos - Castelo de Paiva Junta de Freguesia de Fornos - Castelo de Paiva

Heráldica

Memória Descritiva

O surgimento deste logótipo está associado no seu todo a um movimento de modernidade, progresso, de novas atracções subjacentes às potencialidades da Freguesia de Fornos.

Pensando também no carácter jovem, este procura atrair novos fluxos, baseando-se nos pressupostos de oferta a este nível. Este logótipo é então uma imagem “alegre” e muito “atractiva”, evidenciando-se, para além do seu próprio desenho, pelas cores vivas dos seus elementos construtivos. Existindo vários modos ou formas de leitura de qualquer logótipo, bem como existem diferentes agentes quando procuramos formalizá-lo, procurei entender bem o que se queria transmitir baseando-me nas referências existentes e, da melhor forma possível, realçá-la na imagem fina. Contudo, e devido às variadas formas de o fazer, tornou-se importante e fundamental minimizar os “recalcamentos” ou “distorções” que poderiam existir em todo este processo. A ideia de elaboração esteve sempre marcada por este rumo de intenções, sendo cada elemento perspectivado no intuito de integração e formalização de um “todo” consistente e bastante comunicativo.

Nesta ordem de ideias foi necessário prescindir de algumas intenções formais, privilegiando sempre o conjunto. Respeitando sempre as referências da Freguesia de Fornos, reuni os aspectos que no seu conjunto e em integração fossem mais bem conseguidos.

O resultado final permitiu transmitir de forma clara o que é a “Freguesia de Fornos”, pelas referências espaciais – Douro e Paiva, a Ponte de Caninhas e o Barco Rabelo, mas também pela dinâmica subjacente aos restantes elementos de composição.

Processo de Construção

Fase 1

Construção de um elemento de referência – Ponte de Caninhas

A Ponte de Caninhas constitui não só um marco da Freguesia de Fornos, mas também um elemento que simboliza fluxos, tanto a nível térreo como fluvial. É então para além de uma imagem que todos reconhecemos, um eixo de transição entre a Freguesia de Souselo e a Freguesia de Fornos e também um símbolo da intersecção das águas límpidas do Rio Paiva com as longas braçadas do Rio Douro.

Este elemento, como os restantes, é crucial na interacção do logótipo, na forma como a sua linguagem é transmitida e associada no contexto geral.

Fase 2

Criação de um forte elemento de inovação e prosperidade – Feto/Sol

Esta composição aparece como o elemento mais dinâmico e alegre, ocupando a zona central do logótipo. Isto não surge pelo mero acaso, mas sim de uma tentativa de conduzir o simbolismo da Freguesia de Fornos de uma forma abstracta e contida.

Na conjugação destes três temas podemos encontrar uma imagem forte, cheia de movimento, que procura representar as intenções do logótipo, preparando-o para o futuro, para um desenvolvimento atractivo das suas potencialidades.

O feto procura então simbolizar uma nova geração que está a emergir, da confiança nos novos tempos que serão fruto do seu trabalho. Surge também como oposição ao passado que deu nome “Fornos” à freguesia, e que surgiu não de um fluxo de nascimentos mas de óbitos. É sobretudo a imagem de prosperidade e esperança.

O sol procura reforçar, pelas suas cores e traçado, um carácter acolhedor e receptivo, gerando movimentos e interacções. Ocupa uma posição central no logótipo, como que a coordenar e a procurar inovar todas as potencialidades que a Freguesia de Fornos possui.

Fase 3

Inclusão do elemento RIO – Rio Douro e Rio Paiva

O elemento “rio” aparece aqui marcado por um fluxo de água que desagua. Isto refere-se ao movimento das águas do Rio Paiva que vai perdendo a sua força até se “perder” na tranquilidade das águas do Rio Douro. O seu traçado simboliza a “estrada” que é percorrida pelo Barco Rabelo e todos os conteúdos por ele criados.

A sua cor transmite uma forma de buscar e tornar cada vez mais límpido este tipo de elementos. A gestão destas cores permite criar uma sensação de receptividade, juventude, inovação e desenvolvimento.

Fase 4

Elemento de referência histórica – Barco Rabelo

O barco Rabelo simboliza aqui não só a sua importância passada como originador e dinamizador da Freguesia de Fornos, mas também, e me comunicação com o elemento “Sol/Feto/Movimento”, uma nova fase desta localidade.

Se por um lado o Barco Rabelo trouxe dinâmica à localidade que é hoje a freguesia de Fornos, também simbolizou uma época de tristezas e de um grande número de óbitos (daí o nome de “Fornos”). Deste modo, e em estreita relação de elementos que representam este logótipo, o Barco Rabelo parece partir, embora de uma forma diferente, “expulso” pela nova geração e pelo novo movimento que é simbolizado pela imagem do feto e por todo o contexto que o envolve.

Fase 5

Designações – Fornos_Castelo de Paiva

As designações, sobretudo a que se refere a “Fornos”, procura ser facilmente lida, contendo um traçado de acordo com o contexto de todo o logótipo e, mostrando-se como o “mestre” dos vários elementos.

A referência a “Castelo de Paiva” procura de uma forma mais discreta identificar a freguesia em questão e, garantindo um certo carácter formal, dá união a estas duas designações tornando-as um só elemento.

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